Falar sobre tumores urológicos é fundamental para ampliar o conhecimento sobre a saúde masculina e feminina. Entre os tipos mais frequentes, o tumor de bexiga merece destaque pela sua incidência e impacto na qualidade de vida do paciente. Entender o que é, quais são as principais causas, os sintomas e os tratamentos disponíveis é o primeiro passo para agir com rapidez e eficácia diante de um diagnóstico.

O que é tumor de bexiga?

O tumor de bexiga é o crescimento anormal de células na parede da bexiga, órgão responsável por armazenar a urina. A maioria dos casos envolve carcinoma urotelial, que afeta as células do revestimento interno da bexiga. Existem diferentes graus e estágios da doença, que determinam o tipo de abordagem médica a ser adotada.
O tumor pode ser classificado como:
 

• Não invasivo: quando está restrito ao revestimento interno da bexiga.
   
• Invasivo: quando atinge camadas mais profundas da parede vesical ou se espalha para outros órgãos.

Quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de cura, por isso a atenção aos sinais iniciais é tão importante.
 

Veja também: O que é considerado normal e anormal ao urinar? Quando procurar um urologista
 

Principais causas e fatores de risco
Diversos fatores podem aumentar o risco de desenvolver câncer de bexiga, sendo o tabagismo o principal. Cerca de 50% dos casos estão relacionados ao consumo de cigarro, que expõe o organismo a substâncias químicas tóxicas eliminadas pela urina, irritando o revestimento da bexiga.
Outros fatores de risco incluem:
 

• Exposição a produtos químicos: trabalhadores das indústrias têxtil, de tintas, borracha e couro estão mais expostos.
   
• Histórico de infecções urinárias crônicas: infecções repetidas ou uso prolongado de cateteres aumentam a chance de inflamação crônica, que pode levar ao câncer.
   
• Uso prolongado de certos medicamentos ou tratamentos: alguns remédios utilizados por longos períodos podem elevar o risco.
   
• Idade e sexo: é mais comum em homens acima dos 60 anos.
   
• Histórico familiar: embora mais raro, fatores genéticos também podem influenciar.

Sinais e sintomas do câncer de bexiga
O principal sintoma de alerta é a presença de sangue na urina (hematúria), que pode ser visível a olho nu ou detectada em exames laboratoriais. Outros sinais incluem:
 

• Dor ao urinar
   
• Urgência urinária frequente
   
• Dor pélvica ou nas costas
   
• Dificuldade para urinar
   
• Perda de peso inexplicável em estágios avançados

Esses sintomas podem ser confundidos com infecções urinárias ou outras condições benignas, o que reforça a necessidade de consultar um urologista diante de qualquer alteração.
 

Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do tumor de bexiga envolve uma combinação de exames clínicos, laboratoriais e de imagem, como:
 

• Exame de urina: para detectar sangue ou células tumorais.
   
• Cistoscopia: exame em que uma pequena câmera é introduzida pela uretra para visualizar a bexiga.
   
• Biópsia: durante a cistoscopia, é possível coletar amostras para análise patológica.
   
• Tomografia ou ressonância magnética: ajudam a identificar a extensão do tumor.

O diagnóstico precoce permite opções de tratamento mais eficazes e com menos impacto na rotina do paciente.

Opções de tratamento
O tratamento do tumor de bexiga varia conforme o tipo, estágio e saúde geral do paciente. As principais abordagens incluem:

1. Ressecção transuretral (RTU)
Indicada para tumores superficiais, é um procedimento minimamente invasivo feito por via uretral. Permite a remoção do tumor sem a necessidade de cortes.

2. Imunoterapia intravesical
Após a RTU, é comum o uso do BCG intravesical, uma forma de imunoterapia que ajuda a evitar a recidiva do tumor.

3. Cirurgia radical
Nos casos mais avançados ou invasivos, pode ser necessário retirar a bexiga (cistectomia radical), com reconstrução do trato urinário.

4. Quimioterapia e radioterapia
São indicadas em casos específicos, geralmente em combinação com outros tratamentos ou quando o câncer se espalha para outras partes do corpo.

5. Cirurgia robótica
A cirurgia robótica vem sendo cada vez mais utilizada para casos complexos. Ela permite uma abordagem mais precisa, com menor sangramento e recuperação mais rápida.

Veja também: O que é a cirurgia robótica e como ela revoluciona a urologia?

Prognóstico e acompanhamento
O prognóstico depende do estágio em que o tumor é diagnosticado. Quando identificado no início e tratado adequadamente, as chances de cura são altas. Já nos casos avançados, o foco passa a ser o controle da doença e a melhoria da qualidade de vida.
Após o tratamento, o paciente deve seguir com acompanhamento regular com o urologista, pois há risco de recidiva. A frequência e os tipos de exames de controle variam conforme o caso.

A importância da prevenção e do check-up
Manter hábitos saudáveis e realizar check-ups urológicos periódicos são fundamentais para prevenir e detectar precocemente o câncer de bexiga. Evitar o cigarro, cuidar da alimentação e estar atento a qualquer alteração no trato urinário são atitudes que fazem a diferença.
Tumores de bexiga podem ser silenciosos no início, mas o diagnóstico precoce pode salvar vidas. Por isso, se você notou algo diferente ou quer fazer um check-up preventivo, não deixe para depois!

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