Os avanços da medicina têm transformado a forma como tratamos diversos tipos de câncer, especialmente os urológicos, como os de próstata, bexiga, rins e testículos. Entre essas inovações, os tratamentos minimamente invasivos vêm ganhando destaque por proporcionar mais segurança, menos dor e uma recuperação mais rápida para os pacientes.
Neste blog, vamos explorar as principais novidades nesses tratamentos, como funcionam, em quais casos são indicados e quais são os benefícios reais que trazem para a vida do paciente.
O que são tratamentos minimamente invasivos?
Os tratamentos minimamente invasivos são procedimentos cirúrgicos ou terapêuticos realizados com pequenas incisões, ou mesmo sem cortes, utilizando tecnologias avançadas como câmeras, pinças robóticas, lasers e energia térmica.
Essas técnicas têm como objetivo remover tumores ou tratar lesões com o menor impacto possível no corpo do paciente, preservando estruturas importantes e acelerando o processo de recuperação.
Veja também: O que é a cirurgia robótica e como ela revoluciona a urologia?
Por que aplicar essas técnicas no câncer urológico?
A urologia é uma das especialidades mais beneficiadas com o avanço das cirurgias menos invasivas, já que lida com órgãos delicados e de difícil acesso, como a próstata, rins e bexiga. Essas regiões exigem precisão milimétrica, o que se tornou mais possível com o uso de plataformas como a cirurgia robótica.
Além disso, muitos dos tumores urológicos são descobertos ainda em estágios iniciais, o que permite abordagens menos agressivas e com ótimos resultados oncológicos.
O que há de novo? Principais tecnologias e técnicas
1. Cirurgia robótica: mais precisão, menos impacto
A cirurgia robótica já é realidade em diversos centros médicos no Brasil e no mundo, sendo uma evolução da laparoscopia tradicional. O cirurgião opera através de um console, controlando braços robóticos com movimentos precisos e delicados.
Plataformas como o da Vinci e o Hugo™ RAS permitem visualização em 3D, ampliação de imagem e maior controle dos instrumentos, o que é fundamental para preservar nervos, vasos e estruturas funcionais.
Essa técnica é amplamente utilizada em:
● Prostatectomia robótica (remoção da próstata com preservação dos nervos responsáveis pela ereção e continência);
● Nefrectomia parcial robótica (remoção de tumores renais preservando o rim saudável);
● Cistectomia robótica (remoção da bexiga em casos de câncer avançado).
2. Crioablação e radiofrequência: tratamento sem cirurgia
Para alguns casos de câncer de rim em estágio inicial, especialmente em pacientes idosos ou com comorbidades, é possível utilizar técnicas como a crioablação (congelamento do tumor) ou a ablação por radiofrequência (uso de calor para destruir células tumorais).
Esses procedimentos são realizados com agulhas finas, guiadas por imagem (ultrassom ou tomografia), sem a necessidade de grandes cortes. O paciente geralmente recebe alta no mesmo dia ou no dia seguinte.
3. Laser na cirurgia endoscópica para tumores de bexiga
Os tumores de bexiga superficiais podem ser tratados com técnicas endoscópicas, ou seja, sem cortes externos. Através da uretra, o cirurgião introduz um equipamento chamado ressectoscópio e remove as lesões com energia elétrica ou laser.
O uso do laser de alta precisão reduz o sangramento, minimiza complicações e permite um retorno mais rápido às atividades do dia a dia.
4. Imunoterapia intravesical
No caso de tumores não invasivos da bexiga, além da cirurgia endoscópica, é comum utilizar a imunoterapia intravesical, com a aplicação de medicamentos diretamente na bexiga para destruir células tumorais e prevenir recidivas.
Novos protocolos com BCG modificado ou drogas imunomoduladoras vêm sendo estudados com ótimos resultados, representando uma abordagem promissora, especialmente para evitar cirurgias mais radicais.
Benefícios para o paciente
Os tratamentos minimamente invasivos oferecem diversas vantagens em relação às cirurgias tradicionais, como:
● Menor tempo de internação hospitalar
● Menos dor e menor uso de analgésicos
● Redução no risco de infecções e sangramentos
● Recuperação mais rápida para voltar às atividades cotidianas
● Resultados oncológicos semelhantes ou até superiores, quando bem indicados

Além disso, essas técnicas proporcionam mais qualidade de vida no pós-operatório, fator extremamente importante em pacientes que lutam contra diversas doenças.
Em quais casos esses tratamentos são indicados?
A escolha do melhor tratamento depende de diversos fatores, como:
● Tipo de câncer (próstata, rim, bexiga, etc.);
● Estágio da doença;
● Idade e condições clínicas do paciente;
● Preferência do paciente e disponibilidade da tecnologia.
Por isso, é fundamental contar com um urologista especializado em oncologia e que tenha experiência com técnicas minimamente invasivas, para garantir segurança e eficácia no tratamento.
A importância do acompanhamento com um especialista
O câncer urológico, quando diagnosticado precocemente, tem altas chances de cura, especialmente com os recursos tecnológicos que a medicina moderna oferece. No entanto, é fundamental que o paciente mantenha o acompanhamento médico, realize os exames de rotina e não ignore sintomas como dor ao urinar, sangue na urina, alterações no jato urinário ou desconforto lombar.
Os tratamentos minimamente invasivos para câncer urológico representam uma revolução no cuidado com o paciente oncológico. A união entre tecnologia de ponta, precisão cirúrgica e cuidado humanizado tem permitido diagnósticos mais precoces, cirurgias mais seguras e melhores resultados.
Veja também: Check-up urológico: por que todo homem deve consultar um urologista
Se você ou alguém próximo está passando por essa situação, busque informação de qualidade e atendimento especializado. Cada caso é único, e a escolha do tratamento certo pode fazer toda a diferença.
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